Localizada no vale do Côa, com orientação Sul-Norte, possui encostas de grande declive onde afloram rochas graníticas escarpadas, ideias para a nidificação de aves rupícolas.
Insere-se nos Concelhos de Pinhel e Figueira de Castelo Rodrigo e é limitada a norte. A Faia Brava integra uma Zona de Intervenção Florestal (ZIF), onde a ATN e 30 outros proprietários florestais se comprometeram a desenvolver um projecto conjunto de gestão sustentável do sobreiral.
Insere-se ainda na ZPE do Vale do Côa (Rede Natura 2000) e IBA (Birdlife International Important Bird Area) e, finalmente, no Parque Arqueológico do Vale do Côa, classificado pela UNESCO como Património da Humanidade.
Em 2010 a Reserva da Faia Brava foi classificada pelo Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) como a primeira Área Protegida Privada do país e actualmente é também uma área-piloto do projecto europeu Rewilding.
Para além destes aspectos, a Faia Brava funciona, cada vez mais, como polo de demonstração nas áreas de protecção florestal, educação ambiental e ecoturismo, envolvendo a comunidade local, escolar e empresarial.
Localização
Vale do Côa, freguesias de Algodres e Vale de Afonsinho, concelho de Figueira de Castelo Rodrigo; freguesia de Cidadelhe, concelho de Pinhel.
Área de intervenção da ATN
856,87 ha
Área adquirida:
650 ha
Área classificada como área protegida privada:
214 ha
Principais valores naturais
Habitats importantes para aves rupícolas, sobreirais, azinhais, habitats ribeirinhos e charcos temporários mediterrânicos.
Outros valores
Núcleo de gravuras e pinturas rupestres da Faia (UNESCO), 10 pombais tradicionais, manada de vacas maronesas e cavalos garranos em estado semi-selvagem.
Equipamentos instalados
15 km de trilhos pedestres (Grande Rota do Vale do Côa, Trilho dos Moleiros, Trilho dos Sobreiros, Trilho da Barca), centro de recepção Hortas da Sabóia, viveiro florestal, campo de alimentação de aves necrófagas, abrigo fotográfico, 2 cercados de repovoamento de Coelho-bravo, 400 ha de vedação para grandes herbívoros.
Directrizes de gestão
Recuperação, repovoamento e manutenção de pombais tradicionais, recuperação dos montados de sobro e azinho, introdução de herbívoros em regime extensivo (cavalos, vacas), vigilância contra fogos florestais, gestão florestal sustentável através da Zona de Intervenção Florestal (ZIF), florestação com sobreiros e freixos.